BOAS VINDAS!

NÓS CRIAMOS ESTA PÁGINA PARA AÇÕES CRIATIVAS E DE APRENDIZAGENS COM NOSSOS ALUNOS DO 3ºANO DA ESCOLA LOURIVAL PARENTE, MAS SERÃO BEMVINDOS TODOS QUE TIVEREM INTERESSE.
SEMPRE QUE ALGUM NAVEGANTE APORTAR POR AQUI, POR FAVOR, DEIXE PARA NÓS ALGUMA MENSAGEM. E LEIA-NOS!

VISITAS

mural

sábado, 3 de outubro de 2009

Releituras em o Auto de Natal Pernambucano

Da leitura da poesia célebre  "Morte e Vida Severina", do poeta da 3ª geração modernista, João Cabral de Melo Neto, pode-se nascer outras tantas palavras, frases, idéias, versos, poesias e textos múltiplos. Tudo acenando entendimento, compreensão e reflexão  acerca dessa poesia intensamente lírica, poética,  mas de forte preocupação social. Pessoas simples, sofridas, que lutam pela vida e que passeiam ou coabitam com a morte todos os dias são temas profundos e tão atuais que é impossível ficarmos indiferentes à plasticidade Severina. 
Nossos alunos também não puderam ficar indiferentes a tanta beleza poética e a pedido da professora Jucileide Abreu presentearam o Blog com textos riquíssimos. Leiam, apreciem e comentem se possível.


Por: Tamires Rodrigues /  3º B-Manhã

MORTE E VIDA SEVERINA
 

Severino é retirante
Que procura pelo sertão, a sorte
Mas em sua longa caminhada
Só encontra a morte  
Até o rio seco está 
Pensando que ele poderia ser um guia
Severino fica triste
Por saber que o rio não cumpriu sua sina 
Desiludido Severino fica
Por ver a vida não é o que se espera
Vendo que a morte é o destino(de) todos
E enquanto ela não chega
Todos vivem na miséria. 
A esperança se vai
E junto com ela a vontade de viver
Severino até pergunta pro mestre Carpina
Que diferença faz entre viver e morrer.
 

******************************************************************


Por: Camila de Oliveira Muniz Costa,   Nº 15/ 3ºA-Manhã

COMENTÁRIO SOBRE MORTE E VIDA SEVERINA


            Severino começa sua jornada rumo ao Recife na esperança de lá encontrar dias melhores. Mas sua expectativa começa a se desfazer quando no decorrer do seu caminho ele encontra a morte e a miséria. E esse encontro inicia-se quando ele vê o enterro de um homem assassinado (o que nos remete à reforma agrária, já que ele teria sido morto por possuir um pequeno pedaço de terra despertando o interesse em outros que não a tinham).
         E ainda em sua caminhada, mesmo em terras melhores, ele ainda encontra a morte e a miséria acabando de vez com suas esperanças, a ponto de desejar o final de sua vida. Porém, sua esperança renasce junto com o nascimento de uma criança que mesmo em meio a tanta miséria traz alegria às pessoas daquela comunidade carente.
Comparando as músicas "Da lama ao caos" (Chico Science)," Emigrantes" (Orishas) e "Chover" (Cordel do fogo encantado) observamos que sempre existem pessoas desfavorecidas social e economicamente, correndo atrás do sonho, da melhoria de vida, mas se deparam com a tristeza de não encontrá-la.



**************************************************************


 Por:  Lídia Marina / 3ª B Manhã

SEVERINA VIDA
 Numa vida Severina
Em retirada do Sertão
Sem direito a explicação
Mais uma vida tem uma sina

E quem presencia a tudo
Morte e Vida Severina
De viver essa rotina
Não entende o absurdo

Uma explicação se dá,
Se for a melhor que se encontrar,
A todo esse sofrimento

Pois quem nasce no Sertão
Procurando ser cidadão
Não tem direito a ensinamento.

****************************************************************************************************
Por: Gilcilene nº 18 / 3ªB Manhã


UMA VIDA SEVERINA

Começa pela morte
Uma vida Severina
Que (se) faz o retirante
Sair de sua sina

O sofrimento se faz presente
Ao retirante pernambucano
Que deixa seu batente
Para achar seu descanso

Saindo das margens da nascente
Do rio Capibaribe
O Severino retirante
Vai em direção a Recife

No inicio da jornada
Que se depara o retirante
Com um morto carregado
Que teve sua vida tirada

Era outro Severino, lavrador
Que em uma emboscada
Foi morto por uma bala voadora
Por ter hectares de pedra e areia lavada

O sertão o retirante atravessa
E encontra terra branda e macia
Com a água que nunca seca
Pensa ter encontrado a vida tardia

Seguindo sua jornada
Para Recife aonde quer chegar
Assiste outro enterro na sua calada
E ouve o que falam ao se tratar

Em Recife o retirante chega
Na consciência, sua caminhada foi inútil
Vendo que não há diferença
Pois a morte encontra amiúde

E chegando aprende
Que em sua(na) viagem que fazia
Desde o sertão sem saber
Seu próprio enterro seguia

Nas margens do (rio) Capibaribe
Da ponte da vida Severino quer saltar
Para mais(de) uma vez
Com a vida Severina acabar

Com José, o carpinteiro, conversa nesse momento
Da vida que é tão Severina
De um menino assiste o nascimento
E entende como se faz a vida.