Da leitura da poesia célebre "Morte e Vida Severina", do poeta da 3ª geração modernista, João Cabral de Melo Neto, pode-se nascer outras tantas palavras, frases, idéias, versos, poesias e textos múltiplos. Tudo acenando entendimento, compreensão e reflexão acerca dessa poesia intensamente lírica, poética, mas de forte preocupação social. Pessoas simples, sofridas, que lutam pela vida e que passeiam ou coabitam com a morte todos os dias são temas profundos e tão atuais que é impossível ficarmos indiferentes à plasticidade Severina.
Nossos alunos também não puderam ficar indiferentes a tanta beleza poética e a pedido da professora Jucileide Abreu presentearam o Blog com textos riquíssimos. Leiam, apreciem e comentem se possível.
Nossos alunos também não puderam ficar indiferentes a tanta beleza poética e a pedido da professora Jucileide Abreu presentearam o Blog com textos riquíssimos. Leiam, apreciem e comentem se possível.
Por: Tamires Rodrigues / 3º B-Manhã
MORTE E VIDA SEVERINA
Severino é retirante
Que procura pelo sertão, a sorte
Mas em sua longa caminhada
Só encontra a morte
Até o rio seco está
Pensando que ele poderia ser um guia
Severino fica triste
Por saber que o rio não cumpriu sua sina
Desiludido Severino fica
Por ver a vida não é o que se espera
Vendo que a morte é o destino(de) todos
E enquanto ela não chega
Todos vivem na miséria.
A esperança se vai
E junto com ela a vontade de viver
Severino até pergunta pro mestre Carpina
Que diferença faz entre viver e morrer.
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Por: Camila de Oliveira Muniz Costa, Nº 15/ 3ºA-Manhã
COMENTÁRIO SOBRE MORTE E VIDA SEVERINA
Severino começa sua jornada rumo ao Recife na esperança de lá encontrar dias melhores. Mas sua expectativa começa a se desfazer quando no decorrer do seu caminho ele encontra a morte e a miséria. E esse encontro inicia-se quando ele vê o enterro de um homem assassinado (o que nos remete à reforma agrária, já que ele teria sido morto por possuir um pequeno pedaço de terra despertando o interesse em outros que não a tinham).
E ainda em sua caminhada, mesmo em terras melhores, ele ainda encontra a morte e a miséria acabando de vez com suas esperanças, a ponto de desejar o final de sua vida. Porém, sua esperança renasce junto com o nascimento de uma criança que mesmo em meio a tanta miséria traz alegria às pessoas daquela comunidade carente.
Comparando as músicas "Da lama ao caos" (Chico Science)," Emigrantes" (Orishas) e "Chover" (Cordel do fogo encantado) observamos que sempre existem pessoas desfavorecidas social e economicamente, correndo atrás do sonho, da melhoria de vida, mas se deparam com a tristeza de não encontrá-la.
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Por: Lídia Marina / 3ª B Manhã
SEVERINA VIDA
Numa vida Severina
Em retirada do Sertão
Sem direito a explicação
Mais uma vida tem uma sina
E quem presencia a tudo
Morte e Vida Severina
De viver essa rotina
Não entende o absurdo
Uma explicação se dá,
Se for a melhor que se encontrar,
A todo esse sofrimento
Pois quem nasce no Sertão
Procurando ser cidadão
Não tem direito a ensinamento.
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Por: Gilcilene nº 18 / 3ªB Manhã
UMA VIDA SEVERINA
Começa pela morte
Uma vida Severina
Que (se) faz o retirante
Sair de sua sina
O sofrimento se faz presente
Ao retirante pernambucano
Que deixa seu batente
Para achar seu descanso
Saindo das margens da nascente
Do rio Capibaribe
O Severino retirante
Vai em direção a Recife
No inicio da jornada
Que se depara o retirante
Com um morto carregado
Que teve sua vida tirada
Era outro Severino, lavrador
Que em uma emboscada
Foi morto por uma bala voadora
Por ter hectares de pedra e areia lavada
O sertão o retirante atravessa
E encontra terra branda e macia
Com a água que nunca seca
Pensa ter encontrado a vida tardia
Seguindo sua jornada
Para Recife aonde quer chegar
Assiste outro enterro na sua calada
E ouve o que falam ao se tratar
Em Recife o retirante chega
Na consciência, sua caminhada foi inútil
Vendo que não há diferença
Pois a morte encontra amiúde
E chegando aprende
Que em sua(na) viagem que fazia
Desde o sertão sem saber
Seu próprio enterro seguia
Nas margens do (rio) Capibaribe
Da ponte da vida Severino quer saltar
Para mais(de) uma vez
Com a vida Severina acabar
Com José, o carpinteiro, conversa nesse momento
Da vida que é tão Severina
De um menino assiste o nascimento
E entende como se faz a vida.
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